european DOU A MINHA PALAVRA - Para Filosofar no Bar, no Clube, no Congresso, no Lar Espírita e na Escola é uma rica obra de literatura brasileira de autoria do escritor Fábio Braga, grandioso por inserir Máximas e Frases em contextos diversos, como no premiado conto:
GARÇOM FILÓSOFO
No paradisíaco litoral de Alagoas, debaixo de um coqueiral extenso, havia uma palhoça que, aos domingos de sol distinctiveness, enchia de banhistas - period o bar do seu Manoel, que de guyé não tinha nada. Fiado ele cortava a forasteiros e àqueles fregueses assíduos só vendia para pagar depois por motivo de consideração, e por causa dos bônus que ao longo dos tempos acumularam... Mas o que chamava mesmo a atenção do bar do seu Manoel não period o tira-gosto quentinho assado na brasa nem a cerveja geladinha tirada da freezer vertical...Geralmente, o freguês costumava dar o ar da sua graça por lá com o fino propósito de ler as frases do garçom Lulinha, carinhosamente apelidado de o garçom filósofo.
No papelzinho da conta, o senhor das letras deixava para cada cliente uma mensagem especial, gostasse ou não da profundidade das palavras...
Ao pessoal que ali frequentava reparando a vida dos outros, dizendo que um é magro, outro é gordo, naquele deboche danado, calejado em como tratar elemento dessa qualidade, o filósofo sacava a caneta do bolso da camisa branca, escrevia algo, e fazia aterrissar de bico o bilhetinho bem em cima da mesa dos preconceituosos, com uma lapada literária, tal como: “Há os que erram porque querem saber, os que erram porque não sabem o que querem e ainda os que sabem o que querem, mas mesmo assim erram”... Para a turma que bebe elogiando em excesso o serviço do bar, como quem no ultimate vai pedir outra cerveja para pagar o triplo no dia de são nunca, Lulinha, vacinado contra freguês que ajeita a gravatinha borboleta do garçom com segundas intenções, em minutos, disponibiliza a porrada cultural para que o sangue de velhaco não gastasse além da quantia em sua carteira: “Quem embarca em navios de promessas se vê ancorado em ilhas da fantasia”
E nas vezes que o bar ficava com cara de que seguiria noite adentro, a lua sorrindo lá do alto, seu Manoel pondo a dentadura para sorrir também, devido aos maridos traídos que levam chifre, mas lhe dão lucro, de instante em instante, Lulinha pelos mal-amados é solicitado. Cliente: - Filósofo, escreve aí na cadernetinha algo que me faça esquecer a desilusão amorosa, porque as canções bregas não funcionaram...Doutor em resolver problemas dessa natureza, e como cada caso de paixão não correspondida é um caso, para aliviar o fardo da dor da despedida no quengo de trabalhador braçal, Lulinha tacava-lhes um torpedo renowned: “Sexo não se faz por want; sexo se faz por amor” ... Mas se visse que o camarada period um corno culto, abria mão daquela máxima e enviava uma outra, altamente filosofada: “Nunca dê férias ao seu cupido anjo da guarda, ou o capeta de olho na sua mulher se apodera do corpinho da leave out”
A sua prática de colocar no bloco de anotações máximas e frases feitas de improviso, a todos, impressionava pela originalidade... Muitos gaiatos, para desmascará-lo, espichavam os olhos até o limite da visão apenas para terem certeza absoluta de que Lulinha não ia penetrar na cozinha, de pontinhas de pés, apto a uma ação maquiavélica de copiar tudo de algum livro de grandes mestres pensadores, escondido entre a comida do armário… Mas, nada de truques, tudo saía mesmo do crânio privilegiado desse doutor honoris causa.
Um prato cheio para a imprensa escrita e televisada... E volta e meia aparecia repórter de todos os cantos, um brigando com o outro, naquele empurra-empurra de microfone e câmera de televisão, tudo para agendar entrevistas furo-de-reportagem com o mago da bandeja iluminada...
A coisa foi indo, foi indo, e sua fama chegou até em Portugal.
Mas nem tudo é Contextualização de Máximas.
Clique na foto do livro e leia 20 das 205 páginas grátis. Vale a Pena!